Agosto Lilás: proteção da mulher é compromisso do IMED
Programa Conte com a Gente tem o objetivo de oferecer atendimento psicológico às mulheres que trabalham na instituição
Realizada em Agosto a Campanha de Conscientização Sobre a Violência Contra a Mulher aborta pontos cruciais sobre abuso sexual, agressão física e violência psicológica. No Brasil, de acordo com o boletim Elas Vivem, em 2023, a cada 24 horas, 8 mulheres sofreram algum tipo de violência a cada 24 horas. O Ministério da mulher divulgou que ao todo, no mesmo período, 74 mil denúncias de ameaças foram registradas.
Nas instituições administradas pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento – IMED, são mais de 2.200 mulheres em todas as esferas de administração, sendo direção, coordenação, gerência e assistência direta ao paciente. Todas elas têm, caso necessitem, acesso a atendimento psicológico fornecido pela instituição por meio do programa Conte com a Gente, desenvolvido pelo departamento de Desenvolvimento Humano e Cuidado (DHO) do IMED e que, além de fornecer auxílio sobre questões no trabalho, acolhe questões pessoais, incluindo possíveis casos de violência.
“No IMED somos 70% de mulheres. São diversas funções e pessoas de realidades diferentes, por isso nossa preocupação vai além das questões no ambiente de trabalho, pois o que acontece em casa afeta muito o bem-estar dentro da instituição”, explica Ângela Chagas, diretora de Desenvolvimento Humano e Cuidado.
Como funciona o Conte com a Gente?
O projeto surgiu após o olhar atento da DHO em relação às necessidades dos profissionais durante e após o período de maior criticidade da pandemia, iniciada em 2020. No programa cada unidade tem 1 psicólogo disponível durante o período de expediente para atender o colaborador que esteja precisando de auxílio. Além disso, canais de comunicação para escuta ativa, como E-mail e WhatsApp, e oferecimento de amparo estão disponíveis para todos que trabalham nas unidades.
A iniciativa foi desenhada com base na escuta ativa, conceito já aplicado aos pacientes atendidos pelos hospitais administrados pelo IMED, que envolve interesse pelo que está sendo dito, a aproximação corporal e o uso de expressões verbais de encorajamento à continuidade da fala no intuito de identificar a real demanda do paciente. “No caso do Conte com a Gente, esse conceito foi adaptado no intuito de identificar a demanda do profissional, com o objetivo de auxiliá-lo, na medida do possível, em suas questões pessoais”, completa Ângela.
Tipos de violência contra a mulher
O Disque Denúncia registrou em 2023 todos os tipos violência contra mulheres e o maior número de ligações de pedidos de ajuda foi sobre violência psicológica. Baseada nisso, a campanha Agosto Lilás também visa orientar e conscientizar sobre o que é cada tipo de agressão e quando “gritar por socorro”.
Para melhor entendimento, conheça cada tipo de violência:
Violência psicológica: humilhações, ridicularizações, ameaças, vigilância constante e perseguições;
Violência física: tapas, socos, empurrões, pontapés, queimaduras e agressões com armas e objetos
Violência patrimonial: quebrar móveis, subtrair bens ou dinheiro, rasgar roupas e estragar objetos pessoais;
Violência sexual: sexo forçado, sexo em troca de dinheiro, obrigar a ver pornografia ou forçar gravidez;
Violência moral: xingamentos, injúrias, difamações e acusações.
Canais de denúncia
Para a proteção das mulheres, canais de denúncias e programas de acolhimentos foram criados por Organizações Não Governamentais (ONGs) e setores do poder público nos âmbitos municipal, estadual e federal. O mais conhecido é 180, que recebe denúncias de violações contra as mulheres e encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes. Além deste, é possível denunciar pelo 190 ou mesmo procurar uma Delegacia Especializada da Mulher.