HMB realiza sua 11° captação de órgãos

Equipes do Hospital das Clínicas (HC) e da Organização de Procura de Órgãos (OPO) são parceiras da unidade do HMB na missão de doar vidas.
O Hospital Municipal da Brasilândia (HMB) – Adib Jatene, da Prefeitura de São Paulo, realizou, no último dia 9 de fevereiro de 2025, sua 11° captação de órgãos para transplante. Foram coletados rins e córneas para beneficiar pessoas que aguardam na lista do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). No Brasil, cerca de 66 mil pessoas esperam pela realização do procedimento de acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
A ação tem o apoio do Hospital das Clínicas (HC) e da Organização de Procura de Órgãos (OPO), que fazem todo o processo após o diagnóstico de morte encefálica. “O HMB se orgulha em prestar este serviço à população graças ao excelente trabalho de seus colaboradores. Estão envolvidos médicos, enfermeiros e assistentes sociais, profissionais imprescindíveis para oferecer informações claras, prestar apoio emocional e destacar a relevância do gesto”, afirma Dr. Frederico Adatihara, diretor técnico da unidade.
O processo
Aos 57 anos, o doador teve morte encefálica determinada por protocolos seguidos por lei. Após o óbito, profissionais especializados do HC são acionados para a realização do procedimento. A equipe multidisciplinar do HMB se dedica à humanização no atendimento aos familiares que, ao autorizarem a captação, oferecem a outras pessoas uma nova chance de vida. Especialista em transplante de fígado e pâncreas, o Dr. Adatihara destaca que a participação de todos é fundamental para que mais pessoas sejam salvas. “Graças à benevolência de doadores e familiares, esse momento significativo se torna possível. O ato traz esperança de continuidade à vida, nosso principal objetivo aqui no Hospital Municipal da Brasilândia”, reforça ele.
Doar é um ato de amor
Inaugurado em 2020, o HMB já realizou um total de onze captações desde dezembro de 2023 até o momento, sendo que oito delas ocorreram ao longo de 2024 e duas este ano. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, a remoção de órgãos para doação só é permitida com a autorização da família
“Esse gesto é uma responsabilidade que vai além das ações individuais. Ela reflete um compromisso social e ético com a preservação da vida, e estamos na linha de frente dessa missão. Investir em equipes bem preparadas, estruturas adequadas e sensibilização da sociedade são passos indispensáveis para ampliar o acesso aos transplantes e salvar mais vidas”, orienta Frederico Adatihara.