Visita técnica no HEF para aprimorar atendimento aos pacientes

A iniciativa teve como foco a avaliação do manejo clínico e da administração dos soros antivenenos na unidade, que no último semestre registrou 271 casos deste tipo
Nos dias 7 e 8 de abril, o Hospital Estadual de Formosa (HEF), unidade do Governo de Goiás, recebeu a visita de uma equipe estadual com o objetivo de supervisionar os processos de trabalho voltados ao atendimento de vítimas de acidentes com animais peçonhentos. A iniciativa teve como foco a avaliação do manejo clínico e da administração dos soros antivenenos disponibilizados na unidade.
A supervisão foi conduzida por representantes do Centro de Informações e Assistência Toxicológica (CIATOX), da Coordenação de Vigilância Epidemiológica de Agravos Inusitados e Saúde Ambiental (CVEHUS) e da Regional de Saúde do Entorno Norte. A ação reforça o compromisso do hospital com a qualidade da assistência prestada à população, especialmente em situações que exigem resposta ágil e protocolos específicos.
Cuidados em caso de picadas de animais peçonhentos
Acidentes com animais peçonhentos, como escorpiões, cobras, aranhas e lagartas, exigem atenção imediata. Esses animais produzem venenos que podem causar reações graves no organismo, com risco de complicações e até morte, principalmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidades. Por isso, diante de qualquer suspeita de picada ou contato, a orientação principal é procurar atendimento médico o quanto antes.
“A informação é uma aliada poderosa na prevenção e no enfrentamento dos acidentes com animais peçonhentos. Além da estrutura do hospital e da capacitação das equipes, é essencial que a população saiba como agir e busque atendimento imediato. Isso pode fazer toda a diferença na recuperação do paciente”, ressalta Karolina Reis, coordenadora do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) do HEF.
No último semestre, o hospital registrou 271 casos de acidentes com animais peçonhentos, sendo a maioria causada por picadas de escorpião, que somaram mais de 120 ocorrências. Esses números reforçam a importância de conscientizar a população e de manter a capacitação contínua das equipes de saúde, garantindo um atendimento rápido, seguro e eficaz.
Em casos de picada, enquanto o socorro não é realizado, é fundamental manter a vítima calma e em repouso, para evitar que o veneno se espalhe mais rapidamente pelo corpo. A área afetada deve ser mantida limpa, sem aplicação de substâncias caseiras. O membro atingido deve permanecer imóvel e, se possível, elevado. Torniquetes, cortes no local da picada e ingestão de líquidos sem orientação médica devem ser evitados.
Caso o animal possa ser identificado com segurança, essa informação deve ser repassada à equipe médica, pois contribui para a escolha correta do soro a ser administrado. No entanto, o mais importante é garantir o encaminhamento rápido da vítima a uma unidade de saúde habilitada.
A automedicação é contraindicada, pois pode mascarar sintomas importantes. Práticas populares, como sugar o veneno, aplicar gelo ou usar ervas, também podem agravar o quadro. Em regiões rurais ou com alta incidência de animais peçonhentos, é essencial adotar medidas preventivas, como o uso de calçados fechados, luvas e a inspeção cuidadosa de roupas, sapatos e roupas de cama antes do uso.