Palestra sobre Câncer de Esôfago na Policlínica de Formosa

Iniciativa reforça a importância da prevenção, diagnóstico precoce e hábitos saudáveis para reduzir os impactos da doença, uma das mais letais no mundo segundo a OMS
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de esôfago é o oitavo tipo de câncer mais comum no mundo e o sexto em número de mortes relacionadas à doença, devido ao diagnóstico geralmente tardio. Estima-se que mais de 600 mil novos casos sejam registrados anualmente, com altas taxas de mortalidade. Para promover a conscientização sobre esse cenário, a Policlínica Estadual da Região do Entorno – Formosa (GO), unidade do Governo de Goiás, realizou recentemente uma palestra informativa. A ação, voltada a pacientes e colaboradores, integrou as atividades da campanha Abril Azul Claro, mês dedicado à prevenção do câncer de esôfago, e reuniu participantes interessados em ampliar seus conhecimentos sobre os fatores de risco, formas de prevenção e tratamentos disponíveis.
Ministrada pelo gastroenterologista Dr. Gabriel Ravazzi, a palestra apresentou de forma os principais fatores associados ao desenvolvimento da doença, como tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, refluxo gastroesofágico e alimentação inadequada. O especialista reforçou a importância de adotar hábitos de vida saudáveis e de realizar exames de rotina, principalmente entre pessoas com histórico familiar da doença ou outros fatores de risco.
O câncer de esôfago afeta o tubo que conduz os alimentos da garganta ao estômago e se manifesta principalmente em duas formas: o carcinoma de células escamosas, ligado ao álcool e ao tabaco, e o adenocarcinoma, mais relacionado ao refluxo gástrico crônico e à obesidade. Os sintomas mais comuns incluem dificuldade para engolir, dor no peito, perda de peso e rouquidão persistente, sinais que costumam surgir apenas em estágios avançados. Por isso, a detecção precoce é essencial, aumentando significativamente as chances de sucesso no tratamento, que pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
A prevenção é baseada em escolhas de vida mais saudáveis: não fumar, evitar o consumo excessivo de álcool, manter uma dieta equilibrada, tratar corretamente o refluxo e realizar exames periódicos quando indicado. Ações educativas, como a palestra realizada na Policlínica, são fundamentais para ampliar o acesso à informação e estimular a população ao autocuidado, favorecendo diagnósticos mais precoces e ajudando a reduzir os índices de mortalidade da doença.