HCN alerta sobre a importância da vacinação contra a febre amarela
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Casos aumentam em quatro estados e preocupa o Ministério da Saúde
No início deste mês, o Ministério da Saúde emitiu um alerta para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins devido ao aumento de casos de febre amarela. A doença, transmitida pelo mesmo mosquito que causa a dengue, preocupa especialistas pela sua gravidade e risco de óbito. Em 2024, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), na América do Sul, foram registrados 61 casos confirmados da doença, com 30 mortes.
A infectologista do Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), unidade do governo de Goiás em Uruaçu, Nívia Ferreira, explica que o aumento de casos precisa despertar a atenção de todos para que os cuidados possam ser tomados de maneira rápida e eficaz. “O aviso do Ministério para quatro estados em relação à febre amarela significa que é necessário redobrar a atenção, pois estamos com muitos casos de febre amarela no Brasil, inclusive óbitos”, observa.
Vacinação
A vacina é a principal forma de prevenir a febre amarela. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a imunização gratuitamente para toda a população, exceto crianças menores de 9 meses, mulheres amamentando, bebês menores de 6 meses, pessoas com alergia grave ao ovo, pessoas com HIV e contagem de células CD4 inferior a 350, indivíduos em tratamento com quimioterapia ou radioterapia, portadores de doenças autoimunes e aqueles em uso de imunossupressores.
Nívia explica que a vacinação é a forma mais confiável de evitar a contaminação. Ela destaca que crianças devem receber a vacina aos 9 meses de idade e, posteriormente, um reforço entre 4 e 5 anos. “Caso você não tenha o cartão de vacinação atualizado ou tenha dúvidas se já tomou a vacina, procure uma unidade de saúde e se vacine, pois isso é importante para a segurança de todos”, orienta a médica.
Febre amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, que pode variar em gravidade e ter uma evolução difícil, com alta taxa de mortalidade nas formas mais severas. Mais comum em áreas rurais, pode atingir regiões urbanas devido à migração do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Assim, pessoas que vivem próximas às áreas rurais estão mais expostas ao risco.
“A prevenção da febre amarela depende da conscientização e da vacinação em massa. Compartilhar informações corretas sobre a doença é fundamental para evitar novos casos”, conclui a infectologista do HCN.