Artigo: Covid-19, 3 anos

Artigo – Opinião

Eram cenas da mais pavorosa das ficções científicas – pessoas a se lançarem sobre hospitais, pelo mundo inteiro, em busca do tratamento contra um novo vírus, que teve sucesso na missão em que deuses haviam fracassado: colocar a Humanidade de joelhos.

No Brasil, vê-se, hoje, que, entre 2.019 e 2.020, o número de mortes aumentou em 15%. Mas entre 2.021 (ano da terrível segunda onda) e 2.020, o aumento foi ainda maior: 18% – embora, a partir de julho de 2.021, as mortes tenham passado a voltar aos índices pré-pandemia, em inegável demonstração da eficácia da vacina[1].

A verdade é que nunca se morreu tanto.

Nós, que podíamos olhar apenas para o passado (e nos lembrar de que, além das milhares de vidas salvas em hospitais que tivemos o orgulho de administrar – um deles, na cidade de Luziânia-GO, recordista mundial em termos de atestação de qualidade assistencial[2]), preferimos olhar para futuro – e encarar seus desafios.

Está escancarado que a grande dificuldade da saúde é a desigualdade social – e não é à toa, por exemplo, que, enquanto, na média mundial, a taxa de vacinação, com o ciclo completo, foi de 64%, nos países mais pobres a taxa foi de vergonhosos 26%[3].

Datas históricas nos relembram de nossos compromissos. O nosso foi – e sempre será – cuidar de quem mais dificuldades possui, e não é por outra razão que, de corpo e alma, o Imed continuará lutando de dentro e pelo SUS.

Diretoria do IMED


[1] Valor Econômico, edição de 17.02.23, matéria intitulada “No 2º ano da pandemia, alta de mortes no país bate recorde).

[2] [2] https://www.luziania.go.gov.br/hospital-regional-de-luziania-hrl-e-o-melhor-hospital-de-campanha-do-pais-quem-garante-e-a-certificacao-da-organizacao-nacional-de-acreditacao-ona/

[3] Valor Econômico, edição de 22.02.23, matéria intitulada “Com só 2 anos vacina anticovid é recordista em óbitos evitados”.

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