Hetrin realiza treinamento sobre doação de órgãos e tecidos para transplantes

Na imagem em destaque encontrasse nove mulheres e dois homens, todas as pessoas estão posando para uma foto em fileira, à frente de uma parede branca. O treinamento foi realizado para capacitar equipe sobre doação de órgãos e transplantes.

Treinamento falou sobre a importância da doação de órgãos e das notificações feitas pelos hospitais

O Hospital Estadual de Trindade – Walda Ferreira dos Santos – (Hetrin) instaurou em sua unidade uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). Com a supervisão da gerente de enfermagem e presidente da comissão, Pollyana Bueno, a unidade promoveu recentemente um treinamento com o objetivo de reafirmar a importância da doação de órgãos e a relevância de possuir uma equipe médica e multidisciplinar preparada para a captação.

O treinamento contou com as presenças de Dirce Maria Alves, coordenadora de captação e Karla Gomes, enfermeira responsável pelo monitoramento dos CIHDOTTs do estado de Goiás.

A CIHDOTT ocupa um papel essencial na descentralização do processo de transplantes de órgãos, uma vez que as equipes que a compõe se encontram dentro da instituição notificante, possibilitando uma identificação precoce dos pacientes em possível morte encefálica e o início do protocolo para diagnóstico. A presença dessas Comissões proporciona o aumento no número de notificações, promove o acolhimento familiar e potencializa as autorizações familiares para a doação.

Além do processo da doação de órgãos, foram tratados outros temas no treinamento, como o protocolo de Morte Encefálica (ME), os requisitos para um médico ser capaz de realizar a captação de órgãos, o papel da CIHDOTT nas ocorrências, a rede de apoio da Central Estadual de Transplantes de Goiás (CET) e o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), sempre com o intuito de salvar o maior número de vidas possíveis.

Segundo Karla Gomes, é essencial existir uma cultura de doação de órgãos em todo o ambiente hospitalar e tratar o processo com muita delicadeza e ética por todos os profissionais. “Tudo pode influenciar na decisão da família na hora de aceitar ou recusar a doação. Então é importante pra esse familiar entender tudo o que está acontecendo, saber que foi feito tudo o que podia ser feito para o ente querido e que ele se sinta acolhido nesse momento tão difícil”, afirma a enfermeira. Para a multiplicação de conhecimentos para demais profissionais, foi debatida a importância de um atendimento sério e empático, desde o serviço de recepção até o da equipe assistencial.

Para Pollyana Bueno, a CIHDOTT do Hetrin está se aperfeiçoando e busca estar apt a possíveis captações na unidade. “O nosso objetivo é sempre salvar a vida do nosso paciente e recuperar a saúde de quem busca nossa ajuda, mas também sabemos que, infelizmente, nem sempre é possível. Então vamos buscar a força dessas famílias para salvar até outras oito vidas que ainda possuem a esperança de serem salvas”, reitera a presidente da Comissão, que foi instaurada no segundo semestre de 2021.

Doação de órgãos

O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), responsável pelo financiamento de aproximadamente 95% dos transplantes no país. Apesar do grande volume de procedimentos de transplantes realizados, a quantidade de pessoas em lista de espera para receber um órgão ainda é grande.

De acordo com a Análise Situacional dos Transplantes em Goiás, disponível na Gerência de Transplantes da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), em 2021, o estado realizou mais de 280 entrevistas com as famílias acerca da doação de órgãos, mas apenas 86 doações foram realizadas. Em números, foram captados 216 órgãos (152 rins, 48 fígados, 13 corações e 3 pâncreas) sendo que 102 foram encaminhados para outros Estados por questões de credenciamento e logística.

É importante ter ciência de que para ser um doador de órgãos a pessoa precisa, em primeiro lugar, avisar a família sobre seu desejo e deixar claro que eles devem permitir a doação, pois no Brasil o procedimento só é realizado após autorização familiar. Existem dois tipos de doadores: o vivo, que pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou do pulmão, e o falecido, que são pacientes com morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais.

Assessoria de Comunicação do Hetrin

Isabela Maione – isabela.maione@ecco.inf.br

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